A salada da despedida do vô Carlos
Saturday, October 26, 2013
Almoço frugal
Friday, October 25, 2013
Eu sempre fico de olho nos peixes ecológicos frescos do mercado por conta da sua natureza selvagem, da sua abundância e pesca sustentável. A verdade é que tem dias que o preço me desanima e eu acabo levando a opção congelada que, apesar de ser ecológica, não é fresca. Então, quando bati os olhos nas sardinhas (sua plaquinha "verde do bem" e seu preço camarada) não perdi tempo e comprei meia dúzia para fazer no final de semana para nós.
Chamei a Estela para ver como prepará-las (cortar a cabeça, limpar as víceras, etc.) e temperei com sal marinho e pimenta do reino. Comemos com batatas fritas assadas (precisava estrear o cortador de batatas que o Antonio comprou e que eu achei uma dificuldade usar me deixando com vários dedos cortados) e couve da fazenda refogadinha com alho-poró. Um almoço super gostoso e barato levando em conta a qualidade e frescor dos ingredientes. Pratos vazios, barriguinhas felizes. :-)
A lancheira do dia
Monday, October 21, 2013
Antes que ele termine...
Arroz e feijão com linguiça artesanal de peru, brócolis cozido, mixirica e granola caseira com morangos e mirtilos.
Waffles de trigo vermelho e kombucha
Sunday, October 20, 2013
Acordamos tristes com o fim da visita do vovô Carlos e votamos em waffles para o café da manhã numa tentativa de levantar o espírito abatido e trocar as lágrimas por gotas de chocolate. O céu azul prometia um dia lindo e para combinar o David quis ajudar desta vez. Não fazia waffles há séculos e não estava me sentindo muito confiante porque a última experiência não tinha sido grande coisa.
Escolhi uma receita simples com trigo vermelho, ovos, leite, fermento e água com gás. Água com gás? E agora? Quem é que vai ao mercado com o sol nascendo? Lembrei-me do kombucha na geladeira e não tive receio de usá-lo já que ele é fermentado e consequentemente gasoso.
O David que é um grande apreciador de kombucha me olhou assustado quando me viu medindo sua bebida favorita e disse que não ia comer. Puts e agora? Segui adiante com a receita (David do lado mexendo tudo e reclamando) e acrescentei uma colher de sopa de melaço porque achei que a massa havia ficado um bocado salgada.
Como se não bastasse a minha improvisação maluca decidi trocar o óleo de coco por azeite (por pura preguiça de derreter o de coco). Um azeite que, apesar de leve e frutado, deixou os waffles ainda mais salgados. A Estela quis provar e não gostou. A única coisa que eu disse foi "com maple syrup e frutas vai ficar gostoso". E em seguida rezei. Hahaha!
Por milagre ficaram realmente uma delícia e cheios de substância. Da próxima vez vou usar soro de leite no lugar da água gasosa ou do kombucha e estou pensando em manter o azeite que não atrapalhou em nada no resultado final.
Ingredientes:
2 1/4 de xícaras de chá de trigo vermelho
2 colheres de sopa de cacau em pó puro de boa qualidade
1 colher de sopa de fermento em pó
1/4 de colher de chá de sal
2 ovos
1 xícara de chá de leite integral orgânico
3/4 xícara de chá de água com gás (ou 1/4 de xícara de chá de água e mais 2/4 de xícara de chá de kombucha)
1/4 de xícara de chá de óleo de coco
1 colher de sopa de melaço
Gotas de chocolate
Modo de preparo:
Misture os ingredientes secos e os ingredientes molhados separadamente. Ligue a máquina de waffles. Misture todos os ingredientes até que se forme uma massa lisa. Deixe descansar alguns segundos ou minutos dependendo se a máquina já chegou na temperatura certa para fritar os waffles. A minha máquina avisa quando está pronta para usar, se este for o seu caso também, então é fácil, simplesmente despeje a massa na superfície quente, jogue as gotas de chocolate por cima e feche a máquina. O waffle deve estufar e a máquina avisar. Repita a operação até não haver mais massa de waffle.
A simplicidade e elegância da coalhada seca (labneh) feita em casa
Friday, October 18, 2013
Peixe assado com pimentão e ervas e dicas de websites para o seu consumo sustentável
Thursday, October 17, 2013
"Este foi o melhor peixe que eu comi em toda a minha vida!", exclamou Estela.
"Uau, cinco estrelas", completou Antonio.
Eu apenas segui a receita. Isso eu soube fazer bem. Já fotografar, nem tanto. ;-)
Outra receita do Share que farei muitas vezes para nós de tão saborosa e leve que fica. Sugestões de acompanhamento incluem arroz, batatas ou apenas uma salada. Uma delícia!
Não se esqueçam de consultar o artigo bacana da Maria Rê sobre os tipos de peixes impróprios para consumo no Brasil. Assunto importante!!! Aqui nos EUA costumo consultar estes dois websites Blue Ocean Institute e Seafood Selector, inclusive ando com um guia de bolso na carteira e uso sempre que bate uma dúvida. ;-)
Ingredientes:
4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
1 cebola média cortada em rodelas
2 dentes de alho amassados
2 pimentões verdes sem sementes cortados em fatias finas
1 pimentão vermelho sem sementes cortado em fatias finas
1 pimentão amarelo cortado em fatias finas
1 copo de vinho branco
2-3 colheres de sopa de ervas frescas (orégano, tomilho, alecrim)
Sal marinho a gosto
700 gr. de filé de peixe branco como linguado selvagem do pacífico (halibut) ou tilapia
Modo de preparo:
Pré-aqueça o forno a °C. Aqueça em fogo médio metade do azeite de oliva em uma frigideira. Adicione a cebola, o alho e os pimentões e cozinhe por cinco minutos ou até ficarem macios, mexendo frequentemente. Adicione o vinho e ervas e ajuste o tempero de acordo com o seu paladar. Deixe ferver e cozinhe por um minuto, mexendo para misturar bem os ingredientes. Retire a frigideira do fogo.
Transfira a mistura acima para uma travessa grande o suficiente para acomodar o peixe em uma única camada. Arrange os peixes na travessa e regue com o restante do azeite de oliva. Asse no forno por 10 minutos ou até o peixe estar pronto, bem cozido.
A lancheira do dia
Wednesday, October 16, 2013
Na lancheira de hoje: pedaços de frango à milanesa, cenoura e pepino, purê de maçã, bolo de amêndoas com mirtilo e mixirica. Yumyum!
As cores do outono
Monday, October 14, 2013
Da colheita. Do sol mais baixo. Das flores. Da grama queimada. E das folhas secas. Dos primeiros casacos. Dos espirros e dos lábios rachados. As cores de uma estação transitória.
Nem sempre é um mar de rosas (and that's okay)
Sunday, October 13, 2013
Eu adoro caprichar na primeira refeição do dia principalmente nos finais de semana. E geralmente nos domingos faço panquecas para nós variando receitas que encontro nos livros e na minha cabeça. Aprecio a ideia de café da manhã *reforçado*, gosto de arrumar a mesa e preparar tudo com calma principalmente porque o marido está em casa para me ajudar e compartilhar desse momento. Nossa comunhão.
Mas nem sempre é um mar de rosas. Há refeições prazerosas e muito harmônicas sim, já outras em que alguém se recusa a comer e esbraveja, ou bate o pé e entra dentro da geladeira como forma de protesto. And that's okay. E como me custa escrever sobre como eu me sinto com relação a estes momentos menos harmônicos. Dependendo do dia, do momento, de como estou me sentindo levo a situação com mais ou menos sabedoria. A parada é tão complexa quanto viver é perigoso. Hoje, a primeira coisa que a Estela disse quando desceu para o café foi: - De novo!?! Todo sábado é a mesma coisa. Na mesma hora o sogrinho intercedeu por mim e disse algo sobre ela ser grata enquanto eu buscava o que responder.
Mas nem sempre eu encontro as palavras certas (ou opto pelo silêncio) e tentando ser compreensiva, enquanto lidava com a minha frustração disse: - Fiz o melhor que pude, filha. Acordei cedo, antes da hora que eu gostaria de ter acordado para preparar o café pra gente poder ir pra fazenda. Seria legal da sua parte demonstrar um pouco de gratidão...
E como se não bastasse completei dizendo que muitas crianças se sentiriam privilegiadas de poder tomar um café como este. E claro, no mesmo instante tive vontade de reformular tudo e deletar também.
Acho que no fundo eu fiquei surpresa com a reação dela, pois não havia ali na mesa nada que não fosse do seu agrado. Porque na minha cabeça se ela não quisesse ovos, havia kefir, se não quisesse kefir havia laranja, torradas, geléia... Estela se retirou e só voltou no finalzinho, super aborrecida. O café não foi o mesmo sem ela. Quando voltou conversamos um pouco mais sobre o nosso aborrecimento, pedi sugestões, me esforcei para escutar com o coração e seguimos adiante com a nossa rotina mais leves por dentro. Havia fazenda e ela sempre cura.
Neste caminho por uma convivência mais pacífica (respeitosa, amorosa, honesta e plena) esbarramos em pequenos desafios que nem sempre são fáceis de transpor e eu sinto que a única maneira de trabalhar com eles é reconhecer nossas limitações (que são apenas nossas e dizem respeito à nossa jornada) e ter paciência conosco (e com o outro) enquanto crescemos. As crianças não têm noção do trabalho físico e mental envolvido nos cuidados do lar por mais que elas participem ativamente dele. E eu nem espero que elas tenham tamanha compreensão. Uma coisa de cada vez...
Ao mesmo tempo sinto que falhei no meu julgamento e fui literal na minha interpretação dos sentimentos da Estela levando para o lado pessoal. Afinal, qual problema em estar enjoada de comer determinado prato?
Preciso ficar de molho para voltar para a realidade mais suave. I hope that's okay.
Picolé cremoso de leite de amêndoas e chocolate negro
Friday, October 11, 2013
Uma manhã em fotos
Thursday, October 10, 2013
Fermentando rabanetes
A quantidade de rabanetes que colhemos na fazenda na primavera e outono chega a me dar um pouco de ansiedade porque ninguém nesta casa é fã deles e eu sei que vou ter de quebrar a cabeça e comer todo santo dia para não perdê-los. Também não adianta oferecer para os vizinhos. Uma delas só compra industrializados e a outra, quando ofereci, me explicou dizendo que só ela comia etc etc etc, ou seja, entendi que não queria nadica de nada. Uma pena que o sogrinho não possa ficar conosco toda a temporada de colheita porque ele daria conta dos rabanetes com o maior prazer. :-)
Eis a nossa realidade. Rabanetes fatiados na salada. Rabanetes no suco de laranja e vegetais. Rabanete assado com frango (ato de desespero!). E finalmente rabanetes fermentados. Exclamações. Uma óde aos bulbos vermelhos picantes & meu jeito favorito de consumi-los justamente porque atenua o sabor destas lindezas e auxilia na digestão. As crianças ainda acham "muito forte" ou "azedo" mas eu continuo oferecendo, pois foi assim que a Cecília provou e comeu uma rodela inteirinha mais de uma vez. ♥
Para aprender mais sobre a arte da fermentação:
Fermentando vegetais e frutas - Parte I
Fermentando vegetais e frutas - Parte II
Conserva de pepino - minha favorita!
Ingredientes:
3 1/2 xícaras de rabanetes fatiados
2-3 dentes de alho descascados
3 colheres de sopa de sal marinho
4 xícaras de água
Modo de preparo:
Lavar bem o pote de vidro que será usado para a conserva. Preparar a solução salina misturando o sal e a água até que o sal tenha se dissolvido completamente.
Arrumar os rabanetes e dentes de alho no pote e cobrir com a solução de água e sal deixando de um a dois dedos sem água até a abertura do pote.
Colocar um peso sobre a solução salina que pode ser uma tampa de plástico (se possível livre de BPA) ou uma pedra que tenha sido fervida e deixada esfriar completamente. O peso evita que os rabanetes entrem em contato com o ar e criem mofo.
Feche bem o pote e cubra com um pano de prato. Deixe descansar por no mínimo 3 dias e no máximo uma semana, experimentando para ver se está no "nível de azedo" que você gosta. Abra diariamente para deixar o pote "arrotar" o gás acumulado no processo (dióxido de carbono) e evitar que o mesmo exploda durante a noite. ;-) Calma, acontece raramente.
Torta de tomate e queijo feta
Wednesday, October 9, 2013
Precisava usar os tomates da fazenda com uma certa urgência. Colhemos muitos esta semana e eu não queria perder os últimos, também queria usá-los de forma criativa, fugir da mesmice: saladas, molhos e lanches da tarde. Pensei em uma torta e logo me lembrei de uma receita, para falar a verdade de uma, duas, três receitas ou inspirações.
Apesar da minha compartilhar da mesma massinha com trigo integral vermelho e manteiga, o recheio usa queijo feta, ovo e alho-poró. Uma camada de tomates (no final faltou tomatinhos - culpa de uma lagartinha que se alimenta deles toda tarde) e um fio de azeite e tomilho, o que eu tinha em mãos, yumyum!
A lancheira do dia
Simples como sempre mas bastante fresquinho e gostoso... ovo cozido, sobras do cordeiro do jantar, frutas e saladinha. Não voltou nada pra casa. :-)
MOMA & piquenique em big city
Monday, October 7, 2013
Faz duas semanas que estamos planejando ir à Big City para visitar a mais nova aquisição do MOMA! Acontece que com a fazenda aos sábados só nos resta o domingo para passeios que exigem mais tempo e deslocamento da nossa parte, e com tantos afazeres e planos (e cansaço) se não colocamos um evento ou desejo como prioridade e fazemos uma forcinha para ele acontecer as chances dele ficar para trás são altas. :/ Então quando chegou o final de semana eu me peguei pensando em convencer o Antonio da gente passar o dia aqui na ilha mesmo por pura preguiça de arrumar tudo para sair com a turma. Ir a um parque que o Sogrinho gostaria de conhecer ou usar a churrasqueira, tem feito tanto calor... mas quando escutei ele conversando, dizendo que gostaria de ir a Manhattan para ver os videogames resolvi me animar e preparar nossas mochilas, afinal estamos falando de MOMA. E também porque tirar uma ideia da cabeça de um Kantek é tarefa das mais difíceis.
Faltava definir a alimentação do baião. Almoçamos na cidade ou em Astoria? Restaurante ou Beer Garden? Levamos de casa? Sim! Ahhh... lá fui eu preparar sandubas, lavar e cortar frutas, separar guardanapos e bolsas térmicas, tirar as águas de coco do congelador, deixar de lado os ingredientes da salada para os sanduíches, colocar em um potinho o patê de beringela e por fim assar brownies com a lua no céu. Mas antes procurar uma receita batuta de brownies sans glúten! E neste meio tempo a Cecília chorou no sofá duas vezes (quando acontece da gente chegar da rua tarde e ela estar dormindo a deixo no sofá até a hora de subir de vez para evitar que a transferência a acorde), a Estela inventou de fazer um craft (faltando alguns segundos para a hora do sono, why not?!?) e o David protestou até. Eu disse a t é! E foi dormir com uma tromba daquelas. Santa paciência...
Eu queria uma receita que fosse simples, cujos ingredientes eu não precisasse ir buscar no mercado a essa hora do dia e que usasse farinha de amêndoas, já que eu havia perdido a minha farinha de coco para uma invasão de mariposas que infestou todas os pacotes de farinhas, nozes e frutas secas que ficaram abertos (apesar de fechados com grampos e elásticos) no armário durante as nossas férias no Brasil. Eca! E eu encontrei muitas receitas, cada uma com a sua particularidade, como purê de batata doce que eu salvei para fazer outro dia e no final acabei escolhendo a receita fácil do website da marca Bob Red's Mill de que gosto bastante. E ficou fantástica. De lamber os dedos e catar migalhas!
Chegamos em Manhattan com uma garoa indecisa e caminhamos até o museu com nossas maçãs crocantes e suculentas em meio a pedestres apressados, táxis em fila dupla, tripla, e prédios altos de vidro e baixos de tijolinhos. As crianças olhavam e comentavam... Encontramos o museu com uma fila de meio quarteirão. O museu tinha acabado de abrir. Entramos e seguimos o nosso roteiro: videogame, Van Gogh, Chirico, Frida...alimentando nossa alma, nossos sonhos, imaginação e ideias. Deixei a Estela ir na frente com o avô enquanto eu seguia atrás. Ela fez observações tão pontuais e poéticas ao mesmo tempo. Contou para o avô da sua aula de artes, tirou fotos, me explicou sobre o seu experimento de andar na ponta dos pés...
O David gostou das esculturas, de tudo que representava e continha volume e cor. O helicóptero verde impressionante pendurado no teto, o ventilador voando e ventando de uma altura sem propósito. Ele e a Cecília. E também foram os primeiros a dar sinais de fome e cansaço. Do museu seguimos caminhando para o Central Park. Garoa engrossando, ruas cheias. Tomamos ciência de que não ia rolar piquenique no gramado, mas talvez em um banco embaixo de uma árvore grande o suficiente para servir de guarda-chuva natural. E deu certo! Cecília parece ter gostado do nosso piquenique improvisado porque não saiu de perto, provavelmente porque o banco funcionou como uma mesinha. O David escolheu o melhor lugar: ao lado dos brownies. Já a Estela decidiu sentar-se um pouquinho pra lá, na paz das suas ideias.
Que a nossa semana seja como o nosso domingo.