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Couscous israelense com pinólis e salsinha

Monday, May 12, 2014

Depois de contar as minúsculas bolinhas de semolina que sobraram na travessa no final do jantar tive que prometer para os três que da próxima vez não vou colocar pinólis, nuts, "essa que não é bolinha"...
Dei uma boa gargalhada. Quando gostam de uma determinada comida, gostam pra valer.

O couscous israelense que conhecemos hoje ganhou popularidade em Jerusalém com a chegada de judeus da África do Norte por volta de 1950, desde então criou raízes na cultura judaica tornando-se um prato bastante popular. Ottolenghi segue contando em seu livro Jerusalem que couscous é um daqueles ingredientes cuja origem do nome é um mistério quase que  impossível de ser desvendado e dono de ressentimentos no meio culinário da região. Feito em casa ou comprado seco no mercado cada povo tem o seu. Os palestinos têm como equivalente o maftoul, também servido em sopas ou ensopados, geralmente no vapor e reservado para ocasiões especiais. Os próprios Israelenses fazem um tipo de couscous um pouco menor chamado ptitim. Os libaneses são donos da versão cujo nome, mograbieh, oferece uma pista: da África do Norte, a pista mais próxima. Por enquanto, o nome couscous satisfaz as crianças que adoram repetí-lo em voz alta muitas vezes seguido de boas risadas. :-)

Ingredientes:

3 colheres de sopa de manteiga divididas
1/2 xícara de chá de pinólis

1/2 xícara de chá de cebola shallot cortada em fatias finas

1 1/2 xícara de chá de couscous israelense

1 folha de louro

1 3/4 de xícara de chá de caldo de galinha caseiro

1/2 colher de chá de sal

1/4 de xícara de chá de salsinha

Modo de preparo:

Esta receita foi adaptada da embalagem de couscous israelense do Trader Joe's e é bastante simples e saborosa. Eu que dificilmente faço receita de embalagem (simplesmente porque quando compro um determinado ingrediente ele já tem destino) me surpreendi com o resultado. 

Derreta uma colher de sopa de manteiga em fogo médio-baixo. Adicione os pinólis e mexa até ficarem dourados. Transfira para um prato limpo.

Derreta o restante da manteiga na mesma panela que usou anteriormente. Adicione a cebola fatiada e refogue até amolecer. Acrescente o couscous e o louro e mexa bem até o couscous ficar levemente dourado. Adicione o caldo de galinha e o sal e deixe ferver. Reduza o fogo e cubra a panela até o líquido ter sido absorvido e o couscous ficado macio. Retire a panela do fogo e acrescente a salsinha e os pinólis.

Mejadra restauradora

Friday, January 31, 2014

Eu sabia que em algum momento da vida do Baião ia haver um período de repouso,  sem registros de qualquer tipo, imagens e palavras. E a verdade é que esta pausa  me causou um certo desconforto: queria escrever mas não sentia ânimo equivalente a vontade de escrever. Talvez porque a vontade estivesse por um fio. Sentia que estava faltando com o próprio Baião e seus leitores. Com a cozinheira que mora dentro de mim. E como não é caso de deixar o repouso passar, quem sabe criar vigor, criei eu mesma a necessidade. E ela tem sabor de oriente. Mejadra. Um prato tão tradicional quanto ancião, popular por toda a Arábia, que combina arroz adocicado, lentilhas e cebolas fritas. Fiz os nossos levemente salgados omitindo algumas ervas e o açúcar, fica para a próxima Ottolenghi e Tamimi. As cebolas fritei com óleo de amêndoas, um óleo que não estraga e faz mal para a saúde quando aquecido em alta temperatura e servi com pedaços de galinha assada que foram marinados no limão, alho e temperos durante a noite. Foi um almoço reconfortante.

Ingredientes:

1 1/4 xícara de chá de lentilhas

4 cebolas médias

3 colheres de sopa de farinha de trigo comum (usei espelta)

1 xícara de chá (aproximadamente) de óleo de amêndoas

1 xícara de chá de arroz branco (basmati)

2 colheres de sopa de azeite de oliva

1/2 colher de chá de açafrão

Água para cozinhar a lentilha e o arroz (usei caldo de galinha caseiro para o cozimento do arroz)

Sal e pimenta

Modo de preparo:

Deixe as lentilhas de molho durante a noite ou por algumas horas. Escorra a água e coloque-as em uma panela com água o suficiente para cubri-las e deixe ferver. Cozinhe por no máximo 15 minutos. Escorra e reserve.

Descasque as cebolas e corte-as em fatias finas. Coloque-as em um prato fundo e salpique a farinha mais uma colher de chá de sal mexendo bem com as mãos. Aqueça em fogo alto o óleo de amêndoas. Coloque com cuidado um pedaço pequeno de cebola na frigideira para saber se o óleo está pronto para ser usado, ele deveria chiar e borbulhar. Diminua a temperatura para médio alto e *cuidadosamente* adicione um terço das cebolas. Frite por mais ou menos 7 minutos mexendo de vez em quando até as cebolas ficarem crocantes e marrons. Corrija a temperatura se preciso para evitar das cebolas fritarem rápido e queimarem. Transfira para um prato coberto com papel toalha e salpique mais sal (eu pulei a parte do sal e não senti falta). Termine de fritar o restante das cebolas.

Passe um pano ou papel toalha na frigideira que usou para fritar as cebolas e prepare o arroz. Refogue cebola e alho no azeite e frite com cuidado o arroz. Acrescente o açafrão, as lentilhas e cubra com água e deixe ferver. Quando ferver diminua a temperatura e cozinhe por 15 minutos. Deixe descansar por 10 minutos e entao acrescente metade das cebolas mexendo com cuidado com um garfo. Transfira para o prato em que será servido e cubra com o restante das cebolas.

Almôndegas e batatas

Sunday, September 22, 2013

Registro de um clássico da nossa cozinha desta vez de cara nova. As almôndegas que sempre faço seguindo mais ou menos a mesma receita ganharam temperos pouco usados por esta que vos escreve e a adição da carne de cordeiro moída de sabor intenso e muito particular. Fiquei imaginando os perfumes que não exalam das cozinhas de Jerusalem porque a nossa ficou de chamar pra mesa. 

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