Em busca de mil entardeceres - Parte 1
Tuesday, December 1, 2015
Vinagre folclórico
Thursday, October 2, 2014
Toda boa receita vem sempre acompanhada de uma boa história e sendo assim eu não poderia deixar de registrar aqui este vinagre dos magos. ;-)
O vinagre dos quatro ladrões
Quando a peste negra devastou a cidade de Marselha, no século XVII, diz-se que um bando de ladrões de túmulos *sortudos* escapou do que teria sido uma doença inevitável e posterior morte cobrindo seus corpos e embebendo suas máscaras em um vinagre de ervas com forte propriedades antibactericidas e antivirais. Inicialmente, como conta o folclore francês, ninguém ficou muito preocupado com os ladrões que roubavam as casas das vitimas da peste negra porque os sobreviventes assumiram que a praga inevitavelmente iria infectar e matar os malandros também. Mas isso não aconteceu.
Os ladrões continuaram a assaltar as casas e túmulos dos mortos sem punição até que finalmente foram apanhados no meio de seus atos, julgados e levados para serem queimados na fogueira. Os juízes, spantados com a imunidade dos ladrões e atitude aparentemente indiferente para com a praga que devastou a comunidade de forma tão severa, ofereceram aos ladrões uma barganha: em troca de contarem a causa de sua imunidade, os ladrões seria enforcados em vez de queimados na fogueira - um final menos brutal e mais rápido. ! Os ladrões concordaram e entregaram a receita para o seu elixir. A lenda continua a crescer desde então. Embora exista muitas receitas para o vinagre dos quatro ladrões, não há como apontar qual seria a receita mais precisa. Acredita-se que a receita escrita por Jean Valnet, um aromaterapeuta renomado e fitoterapeuta do início do século 20, se assemelha à original mais do que qualquer outra. Em sua receita ele faz uso das seguintes ervas: o absinto, filipendula umaria, zimbro, manjericão, sálvia, cravo, angelica, alecrim, marrubium vulgare e cânfora. Valnet deixa estas ervas em vinagre durante seis semanas antes da decantação.
Para um sabor mais leve eu costumo permitir que minhas ervas fiquem em infusão por cerca de uma semana. Herbalistas contemporâneos costumam usar apenas um punhado de ervas: alecrim, sálvia, lavanda, tomilho e hortelã. Cada detentor fitoterapeuta e ávido conhecedor de ervas deve ter a sua própria versão, e abaixo é a minha. Seja criativo com as ervas da sua horta ou canteiro.
Ingredientes:
De preferência utilize ervas que acabaram de ser colhidas para um melhor aproveitamento das suas potências. Uso as que temos plantadas na fazendinha que geralmente são estas:
2 colheres de sopa de lavanda
2 colheres de sopa de manjericão
2 colheres de sopa de sálvia
2 colheres de sopa de alecrim
2 colheres de sopa de menta
4 dentes de alho amassados
Vinho branco ou vinagre de maçã para cobrir
Modo de preparo:
Muitos herbalistas usam este vinagre como um produto de limpeza para esterilizar superfícies da cozinha e do banheiro. Outros recomendam usá-lo diluído em água como produto de beleza para a pele pela sua ação adstringente.
Promessas à parte, adoro usá-lo para temperar carnes e saladas misturando com um bom azeite de oliva.
Algumas receitas recomendam que se corte todas as ervas antes de colocá-las de molho no vinagre. Eu prefiro colocá-las inteiras na garrafa, cobrir com o vinagre e deixar assim bem fechada por uma semana.
No final de uma semana use um coador para colher as ervas e as descarte. Guarde o vinagre fechado em temperatura ambiente.
Sobremesa ou acompanhamento, batata-doce
Tuesday, June 10, 2014
Assei uma única batata-doce que restava no saco de batatas com também uma única batata inglesa para acompanhar o salmon e brócolis. Esquentei a sobra do feijão e do arroz e plim, assim nasceu o jantar. É, vidinha tá corrida... E olha, por mais descombinado que pareça, foi um sucesso porque tinha um pouco de tudo para um tanto de bocas exigentes. A batata-doce eu separei um tantinho da metade para o final do jantar e acrescentei canela e maple syrup que eu dividi com a Cecília de sobremesa (sem syrup pra C. só mesmo para dar uma segurada no açúcar). Se tivesse assado mais não teria sobrado uma para contar história. As crianças comeram sentadas no chão da sala porque não queriam perder o filme novo do Lego no maior clima pré-férias da paróquia. Foi fofo.♥
Desta vez eu descasquei as batatas, mas pode assar com casca e tudo. Lavei, cortei de qualquer jeito e salpique sal marinho mais umas duas colheres de óleo de abacate e um pouco de água. Cuidar para não queimar e ir jogando água quando secar. Comer com prazer.
A lancheira do dia e a frase harmônica da semana
Thursday, April 10, 2014
Nutrindo o corpo com o basicão.
A lancheira de hoje contém triângulos orgânicos de milho roxo, morango, saladinha de milho orgânico com pepino, ameixa suculenta e pedaços bolo de carne. Nham nham.
Nutrinto o espírito com o essencial.
Eu tenho algumas frases espalhadas pela casa. Algumas frases bordadas. Calendários japoneses. Trabalhos das crianças. Pinturas da Estela. E esta semana acrescentei mais algumas, desta vez para reforçar e marcar os ensinamentos do grande Marshall Rosenberg, pai da comunicação não violenta. Não consigo parar de assistir aos seus vídeos no YouTube e estou caminhando para o terceiro livros. Seus livros são bem sucintos e vão direto ao assunto. São honestos e contam um pouco da sua humanidade. Porque no final tudo gira em torno da maneira como expressamos nossas necessidades & conseguimos solucioná-las / atendê-las ... da maneira como escutamos e nos fazemos presentes para o outro. Presença plena, consciente. Tornei-me aluna dedicada e estou curtindo.
A frase da semana enfoca na casa, paz na casa, esse espaço físico que nos abriga. Por uma convivência sempre mais harmônica, consciente e respeitosa entre nós. Processo infinito.
"Eu me sinto frustrad@ quando o quarto (ou qualquer outro local que necessita de organização) não está arrumado, porque eu tenho uma necessidade real de ajuda para manter a casa em ordem. Você estaria dispost@ a me ajudar?"
O pedido é claro, não há espaço para ameaças, sentimentos de culpa. Menos resistência da parte dos pequenos e mais tranquilidade no ar. Vamos praticar?