Enquanto escrevo sinto o aroma do caldo de galinha cozinhando há pouco mais de 12 horas no fogão. Do lado, sobre a pia, uma garrafa com soro caseiro esfria esperando a hora de ir para a geladeira. Detalhes de uma casa em faxina, mais precisamente, de corpos em faxina. O da Estela e o do Antonio no momento. Digo no momento porque quando algo desta natureza nos visita raramente deixa um de fora. De uns tempos pra cá e depois de ter lido um texto bastante renovador sobre o papel que as doenças exercem em nosso sistema imunológico e como consequência na nossa saúde passei a ver determinadas doenças como oportunidades de trazer mais equilíbrio e purificação ao nosso corpo. Confesso que esta nova perspectiva tem me ajudado a tirar o peso da doença como algo extremamente negativo e sem fim... sim porque quando cinco pessoas adoecem no correr de uma semana realmente parece que estamos no meio de um conto sem fim, muito desesperador.
{Caldo caseiro, a alma da cozinha}
Não fico sem. Aqui em casa todo mundo já sabe. Quando tem luz acesa no fogão no escuro da noite pode apostar que é caldo, tanto que não desligam mais a panela achando que eu esqueci ligada. ;-) Geralmente deixo cozinhar por no mínimo 48 horas em fogo bem baixo, quando não faço o caldo perpétuo que se renova durante até uma semana. Os caldos têm a vantagem de serem fáceis de preparar e econômicos. Experimente guardar a carcaça da galinha que assou no final de semana, ou as sobras da perna de cordeiro (pense ossos!) mais aquele punhado de vegetais que sobrou no fundo da gaveta ou simplesmente descartou porque não os queria na salada, como talos e extremidades. Adicione água, ervas e pronto! A base para muitos pratos acabou de nascer. Os caldos são medicina para a nossa saúde digestiva. Uma maravilha para bebês em idade acima dos seis meses e crianças pequenas por serem de fácil digestão. Ricos em minerais como cálcio, magnésio e fósforo, além de gelatina e outros nutrientes que contribuem para a saúde das juntas e ligamentos, tão potentes e ao mesmo tempo delicados. Nossa salvação no jantar do final de semana e no almoço de hoje com a adição de noddles de arroz. Quem não fica bom com tanto cuidado?
{O bom e velho soro}
O soro da nossa infância que geladinho hidrata e traz força, além de tirar aquele gosto ruim de doença na boca. Eca!
Água, açúcar e sal nas seguintes quantidades.
4 xícaras de chá de água filtrada
2 colheres de sopa de açúcar (usei turbinado)
1/2 colher de chá de sal marinho
Coloquei todos os ingredientes em uma panela e liguei em fogo baixo para ajudar a dissolver o açúcar e o sal. Passei para uma garrafa de vidro e coloquei para gelar.
Agora, por favor, *as melhoras* porque estamos precisando.
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