Feliz aniversário, Estela!

Thursday, February 27, 2014

Uma década. Já sou mãe há uma década de uma das pessoas mais engenhosas e criativas que eu já conheci. E que a cada primavera renova as suas potências e se expande dentro das suas dores e alegrias, do seu silêncio e da sua agitação, das suas descobertas e afirmações.

Quando o Antonio me avisou que ela estava "chegando", que havia nos escolhido como pais, eu, no alto da minha alegria e ingenuidade, não fazia ideia de que a jornada seria tão transformadora e difícil. Mas também tão prazerosa e profunda. Obrigada, Estelinha. Obrigada maiusculamente.

Este ano comemoramos nas montanhas da Pensilvânia com amigos queridos. E teve bolo de baunilha com cobertura de brigadeiro e vela colorida para enfeitar o desejo. ♥

Sweet dreams. ..

A lancheira do dia

Wednesday, February 26, 2014

Felizes são os dias em que eu faço bastante rango para as crianças comerem no dia seguinte. E esta semana eu consegui realizar esta proeza duas vezes, o que resultou em duas manhãs menos caóticas. ;-)

Na lancheira:

Maçã verde

Bolinho caseiro de banana com mirtilo

Saladinha de alface romana

Spaghetti com molho de tomate e camarão

O sal nosso de cada dia

Wednesday, February 5, 2014

Cloretodesódiofóbicos, sal faz bem à saúde.

Bem, ao menos é o que a Cecília adverte, explicando a razão pela qual eu compro sal com muito cuidado e carinho.

Houve um período, distribuído em muitas semanas, em que a Cecília lambia o saleiro. Ela aparecia na cozinha determinada, sabida das necessidades do seu pequeno corpo e ia direto até o armário *possuir* o saleiro. Lambia ou passava o dedinho nos minúsculos grãos rosados e saía pela sala feliz com sensação de dever cumprido. Minha primeira reação foi a de vetar tamanho engenho, pois martelaram na nossa cabeça que sal faz mal, que está relacionado à pressão alta e tantos outros problemas. Minha segunda e definitiva reação foi a de observar. E observei que não acontecia todo dia, e mesmo quando acontecia era uma lambida ou duas e que muito provavelmente Cecília estivesse cuidando de uma necessidade de seu corpo. Corrigindo alguma deficiência ou pequena falta não sanada pela alimentação caseira ou pelo seu processo digestivo.

O nosso corpo sabe.

Em 1983 uma pesquisa que foi publicada no Journal of the American Medical Association revelou que o sal não tem efeito significativo na pressão sanguínea da maioria das pessoas. Outro estudo, desta vez de 1930, mostrou que a falta e deficiência de sal na dieta pode trazer muitos problemas para a saúde. Sally Fallon em seu livro Nourishing Traditions conta que a maioria das sociedades tradicionais faziam uso de algum tipo de sal. O sal oferece não só o sódio mas o cloreto que é fundamental na produção do ácido hidroclórico muito importante para o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. O cloreto também atua na ativação da amilase responsável pela digestão de alimentos ricos em carboidratos. Cada corpo uma sentença. Em alguns, o excesso de sal pode levar a uma perda grande de cálcio pela urina contribuindo para a osteoporose. Em outros pode levar a uma deficiência de potássio. Já outras pessoas necessitam de mais sal para ajudar a produzir enzimas intestinais, principalmemte nas culturas que consomem boa parte de seus alimentos cozidos.

Tão branco e puro, mas tão vazio

O processo de fabricação do sal de mesa é tão empobrecedor quanto qualquer outro processo da indústria de alimentos que envolve química pesada e alta temperatura. Neste processo todos os sais minerais e de magnésio presentes na água do mar são removidos dos grãos. Componentes do alumínio são empregados para dar ao sal o aspecto seco que conhecemos. Para repor o iodo perdido na refinação é adicionado iodeto de potássio que em quantidades altas pode ser tóxico. Efeito dominó, vejam só. Para controlar o efeito volátil do iodeto adiciona-se dextrose que pinta os grãos de sal de roxo. O sal então passa por um processo de clareamento, "refinamento" para restaurar sua cor branca. Sal de mesa? Não obrigada.

Sol e mar

Uma das melhores e mais ricas formas de extração salina acontece por meio do sol e é feita seguindo práticas ancestrais.  Quando o sal é permitido secar com a ajuda dos raios solares ele não só mantém a sua integridade como preserva o iodo orgânico presente na vida marinha dos oceanos. De acordo com Sally Fallon, este sal natural contém em torno de 82% de cloreto de sódio, 14% de macro minerais, principalmente magnésio e 80% de micro minerais (oligoelementos). Um dos maiores problemas de saúde relacionados à deficiência de iodo é o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. Uma outra maneira saudável de consumir iodo é através dos caldos de carne e ossos que além do iodo possuem magnésio e potássio além de outros micro minerais. Caldos feitos com carcaça de peixe também são uma maneira nutritiva de fortalecer e apoiar a tireoide.

FALLON, Sally. Nourishing Traditions: the cookbook that challenges politically correct nutrition and the diet dictocrats. New Trends Pub., 1999.

Feliz aniversário, Cecília!

Saturday, February 1, 2014

                                    22 de janeiro de 2014

A minha tia ao escutar que a Cecília havia nascido sentada disse sem pensar duas vezes que "quem nasce sentado, nasce feliz". A minha tia sabe das coisas. ;-)

Quem nasce sentado, nasce feliz.

Esta é a essência da Cecília. Alegre, fluente nas coisas da vida. A vida. Certa das suas aventuras, feito rio que corre sem questionar porque corre. E flui, ela simplesmente flui num perfeito equilíbrio ajustando-se pelo caminho e tocando nossas vidas de maneira singular.

Amamos você, cocadinha. ♥

O bolo bendito, filho da nevasca que nos abraçou em casa, foi apreciado por todos. Toda a gente de coração simples que não importa tamanho nem decoração estupefata. Foi bolo para celebrar a nossa Buda da felicidade.

{o resultado da nevasca}

{a aniversariante}

{o presente}

{o bolo}

Tzatziki refrescante

Quando a Eleni, a senhora grega que alugou para nós em Astoria, me ensinou a fazer tzatziki, ela comentou que podia ser feito com creme azedo (sour cream) também. Como na época ela sempre trazia um pouco para nós ou nos chamava para comer com ela acabei levando muito tempo para fazer a minha versão e foi quando descobri que a minha favorita é justamente com o creme azedo, que de grego não tem nada. 

Tzatziki ou molho de pepino é um condimento grego feito com iogurte grego, pepino, alho fresco, hortelã, endro, azeite e sal, e que acompanha pães e carnes, o famoso churrasco grego. Geralmente faço sem azeite e sal sem comprometer em nada a receita e devoramos até acabar com almôndegas, frango, como molho para salada ou em sanduíches. 

:-)

Ingredientes:

3 pepinos médios

2 xícaras de chá de iogurte fresco orgânico

2 colheres de sopa de endro

2 dentes de alho amassados

2 colheres de chá de sal

1 colher de sopa de hortelã fresco

1 colher de sopa de azeite de oliva

1 colher de sopa de suco de limão fresco

Modo de preparo:

Lave e descasque os pepinos. Rale-os em um ralador grosso ou corte-os em cubinhos. Acrescente 1 colher de chá de sal e deixe escorrer por uns 20 minutos. Alternadamente, coloque o pepino ralado em um pano de prato e esprema com cuidado até que todo o líquido tenha escorrido.

Transfira o pepino para uma tigela e acrescente o iogurte, as ervas, o azeite, o suco de limão e o restante do sal e misture bem. Coloque na geladeira até a hora de servir. Pode ser servido, e deve, em temperatura ambiente. Rende umas 4 xícaras de chá. 

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